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Sara Bichão

Portugal

ferro, inox, têxtil, borracha, máquinas de soldar, pintura, motorização, acrílico

porto/ post/ doc

Sara Bichão

ciclo programático 02 / Qual é a Coisa, Qual é Ela

em colaboração com: Rita Morais

Sara Bichão (Lisboa, 1986), vive e trabalha em Lisboa. Completou a licenciatura e o mestrado em Pintura na Faculdade das Belas Artes de Lisboa (2008, 2011). Integrou várias residências artísticas, Residency Unlimited (2012, USA), PIRA ADM (2016, MX), Artistes en Résidence (2017, FR), e no Centro de Artes Arquipélago (2018, PT). Expõe desde 2009, destacando-se as exposições individuais mais recentes: Encontra-me, mato-te (2018), Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Coastal (2017), Barbara Davis Gallery, Houston; O meu sol chora, Fundação das Comunicações, Lisboa; Somebody’s Address (2016) e Open Gates (2014), Rooster Gallery, Nova Iorque; Recheio (2014), Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa. Das colectivas: Quando somos 2 somos três (2018, com Manon Harrois), Fundação das Comunicações, Lisboa; Geometria Sónica (2018), Centro de Artes Arquipélago, S. Miguel, Açores; Chama (2018), Atelier-museu Júlio Pomar, Lisboa; Extática Esfinge (2017), CIAJG, Guimarães; Curar e Reparar (2017), Bienal Anozero, Coimbra; O Que Eu Sou (2017), MAAT, Lisboa; Now, this is fucking too hot (2017, com Manon Harrois), Les Ateliers, Clermont-Ferrand; Puras Cosas Nuevas (2017), Pantalla Blanca, Cidade do México; }{ { } (2015, com Omar Barquet), Diagrama, Cidade do México; Eccentric Exercise II (2015), KCB, Belgrade; Soundless Harmonies (2014), Artopia Gallery, Milão; Eccentric Exercise I (2013), Les Gens Heureux, Copenhaga; Uma Coisa a Seguir à Outra (2013, com Miguel Ângelo Rocha), Quadrum Gallery, Lisboa; Extending the Line (2012), Arevalo Gallery, Miami.
O seu trabalho está representado em várias colecções públicas: Fundação Calouste Gulbenkian; MAAT; Câmara Municipal de Lisboa; Fidelidade Mundial; Figueiredo Ribeiro; António Cachola; Norlinda e José Lima; Midfirst Bank Arizona; Benetton Foundation, entre outras.
Foi premiada pela Fidelidade Mundial – Jovens Pintores (menção honrosa, 2009), pelo Anteciparte (artista seleccionada, 2009) e pelo BPI/FBAUL (1º prémio na categoria de pintura, 2008).

What is the thing, what is it?

O trabalho de Sara Bichão desencadeia o manso e o violento que acontece a partir do limiar da linguagem. Tem a dualidade de uma lengalenga, a incompletude de uma charada, a flutuação de uma poesia, a interrupção da gaguez. O espaço que inscreve é tão luminoso e solar quanto sombrio e devastador, não existindo um enquadramento textual definitivo ou uma narrativa fechada. “What is the thing, what is it?” é isso mesmo, uma pergunta sem resposta, que nos reenvia à infância, à inquietação filosófica precocemente sentida. (...)
“O meu trabalho é afirmação e dúvida” diz-nos Sara Bichão. Naturalmente teria de ser assim: a dialética imprescindível que expõe e problematiza pontos centrais da arte contemporânea, e que sobretudo leva adiante uma experiência do mundo repleta de surpresas e revelações. Quanto a nós, resta proteger-nos contra a tortura do enigma que o seu trabalho deflagra, repetindo serena e continuamente “What is the thing, what is it?”.

Texto por Marta Mestre.

Desta residência nasceu um texto escrito por Gonçalo M. Tavares. “Duas mulheres, o guincho do porco” nasceu da observação, diálogo e reflexão em torno desta residência simultânea das artistas Sara Bichao e Rita Morais. O Porto/ Post/ Doc. foi parceiro desta Residência. Texto aqui.

Créditos

colaboração com Rita Morais
parceria com porto/ post/ doc

recursos: ferro, inox, têxtil, borracha, soldadura, pintura, motorização, acrílico
formato: residência ciclo programático 02
fotografia: Bruno Lança