Rita Morais, baseada no Porto, estudou na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e inicia em 2020 o MA Artists' Film & Moving Image na Goldsmiths University, em Londres. A sua prática move-se entre o campo do cinema experimental e da instalação, tendo realizado produções próprias na ilha do Pico, Açores, ou sido artista em residência na Sociedade Internacional de Artistas em Reykjavik, na Islândia. Trabalha ainda com frequência como programadora de cinema, colaborando actualmente para a secção experimental do Festival Curtas de Vila do Conde e tendo sido fundadora do miragem, uma mostra de cinema na paisagem que acontece anualmente na paisagem dos Açores.
Dentro do ciclo #02, as artistas Sara Bichão e a Rita Morais, a convite da @portopostdoc estiveram simultaneamente em residência na AW. O processo da Rita passou por uma intensa observação do lugar, nomeadamente a inserção de complexos industriais em ambientes ultra rurais. A premissa foi pensar este lugar a partir do entulho, do lixo, dos restos que a fábrica da ArtWorks produz. "Após edificada a estrutura, os restos enferrujam e apodrecem a monte, nas intermediações do sítio que lhes deu forma. Regressamos à origem do lugar, aquele que circunda o ruído da fábrica, qual paisagem esquecida, para encontrar as formas de movimento que ali habitam. A intimidade do redondo - um mapeamento filmado, através das estações, do pensamento circular da natureza e dos restos de humanidade por ali deixados após a catástrofe da construção. Afinal, o moinho ainda gira, apesar de sem freio, e a questão agora é a de saber para quem."
Créditos
colaboração com Sara Bichão parceria com Porto/ Post/ Docrecursos: material audiovisual formato: ciclo 02 fotografia: Bruno Lança
